Catracas e passaporte da vacina: como será a volta às aulas na UFSC

Universidade exigirá comprovante de imunização contra a covid para matrícula e restringirá acesso ao restaurante e biblioteca, destaca a NSC

A volta às aulas na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) terá exigência do passaporte da vacina contra a Covid-19 e catracas para acesso a locais como restaurante e biblioteca. O retorno 100% presencial ocorre em 18 de abril, dois anos após a suspensão da modalidade em função da pandemia.​

A cobrança do esquema vacinal completo será feita antes da matrícula das disciplinas, em um sistema on-line. O preenchimento é feito pelo aluno e caso não seja verificada a imunização, a matrícula será bloqueada.

Assim, a comprovação é requisito para que os estudantes possam frequentar as aulas. Apenas quem tem recomendação médica para não tomar vacina ficará de fora da exigência.

O sistema que vai exigir e computar os imunizados é integrado e desenvolvido dentro da própria universidade. A comprovação da vacinação em alguns ambientes da universidade será feita com um cartão. O objeto já era emitido antes da pandemia para os estudantes. A novidade é que o item agora será usado também para confirmar a vacinação.

O Restaurante Universitário (RU) e a biblioteca terão catracas na entrada. Os equipamentos já foram instalados e estão funcionando. No primeiro espaço, os estudantes terão que passar o cartão por esse leitor para que o acesso seja liberado.

As catracas também estarão na biblioteca, mas neste local ainda não foram instaladas. Em um primeiro momento, a cobrança do passaporte da vacina será feita por funcionários. Neste espaço, a comprovação da vacina será feita por leitura de QRCode.

UFSC avalia retomada como positiva

A UFSC suspendeu as aulas presenciais em março de 2020 quando os primeiros casos de Covid foram confirmados em Santa Catarina. O semestre foi retomado de forma on-line, em agosto daquele ano, e aos poucos parte dos serviços foram retomados de forma presencial.

A instituição foi alvo de críticas por não retomar as atividades presenciais no mesmo momento em que o Estado e a prefeitura da Capital retomaram o serviço. O pró-reitor de Graduação, Daniel Vasconcelos, avalia que a universidade tomou a decisão certa ao retomar o atendimento só em abril.

— Olhando em perspectiva, eu acho que a UFSC fez o que precisou fazer. Era um trabalho complexo, porque você precisava entender quais eram os riscos envolvidos e você não avalia isso em uma semana — afirma.

Vasconcelos diz que num primeiro momento foi preciso fornecer equipamentos e internet aos alunos e capacitar os professores e técnicos para atender on-line. Depois, o trabalho se voltou para retomar o presencial priorizando o risco sanitário.

— Quem olha de fora imagina que a gente podia fazer isso mais rápido. Mas para quem está aqui dentro e conhece o tamanho do desafio sabe que não é assim. Fizemos tudo isso num ano de cortes orçamentários muito grandes. A Universidade teve que utilizar os recursos que ela dispõe para fazer essas ações todas — diz.

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