MEC parece não se importar com cortes em sua própria pasta, denunciam especialistas

Em audiência pública realizada na Câmara dos Deputados, cientistas denunciam os sucessivos bloqueios e redirecionamentos orçamentários em verbas das universidades e institutos federais, destaca o Jornal da Ciência

Os sucessivos bloqueios e cortes orçamentários no Ministério da Educação (MEC) foram tema de audiência pública realizada na manhã da última quarta-feira, dia 15, na Câmara dos Deputados. Entre as diversas denúncias oriundas de cientistas, representantes das entidades federais e membros do Poder Legislativo, uma das principais queixas é a não-mobilização do próprio ministério contra a sua redução orçamentária.

“Às vezes nos parece que o MEC se submete de maneira acrítica às pressões do Ministério da Economia. O que nós vimos, especialmente na gestão do ex-ministro Abraham Weintraub, foi uma certa docilidade diante dos cortes, das expectativas de diminuição de recursos para a educação, o que não foi visto em ministros anteriores que, diante da expectativa de cortes orçamentários, se plantavam às portas do gabinete presidencial e defendiam a pasta porque acreditavam nela. Parece que o MEC não tem agido em favor da sua própria pauta”, denunciou o deputado federal Professor Israel Batista (PSB-DF), autor do requerimento para abertura da audiência pública

Na abertura das falas, o Diretor de Desenvolvimento da Rede Federal da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação (SETEC/MEC), Kedson Raul de Souza Lima, afirmou que o orçamento da Pasta segue superior ao do ano de 2021, informação rebatida por diversos convidados, já que no último ano houve uma queda de verba geral por conta de ações da pandemia e que as próprias instituições federais tiveram que recorrer ao Congresso Nacional para obterem verbas aprovadas em plenário.

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