Bolsonaro empurra reajuste a servidores, mantém emendas e corta R$ 7 bilhões de ministérios

Ciência, Educação e Saúde são os mais atingidos, destaca o Estadão

Sem definição do presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre o reajuste do salário do funcionalismo público, o governo preservou emendas parlamentares e fez um bloqueio efetivo de R$ 7 bilhões das despesas do Orçamento deste ano, menor do que o anunciado no final de maio.

Para diminuir o tamanho do corte faltando poucos meses para as eleições, o governo acabou usando a reserva de R$ 1,7 bilhão que o Orçamento tinha para o reajuste do salário das polícias Federal, Rodoviária Federal e agentes penitenciários. Essa verba foi aprovada pelo Congresso na votação da lei orçamentária. 

O impasse em torno do reajuste para essas três categorias e um aumento de 5% para todo o funcionalismo, no entanto, continua com várias carreiras do governo federal em greve ou fazendo movimentos de paralisação.

A tesourada foi maior nos gastos de custeio e investimento das áreas dos Ministérios de Ciência e Tecnologia, Educação e Saúde. A área de Ciência e Tecnologia, que com a pandemia da covid-19 se mobilizou para reforçar o seu orçamento em 2022, perdeu 36,7% (R$ 2,5 bilhões) do seu orçamento original de R$ 6,8 bilhões, que caiu para R$ 4, 3 bilhões. O corte seria ainda maior, de R$ 2,9 bilhões, se não fosse a redistribuição feita nos últimos dias com o uso da reserva para o reajuste dos salários. Nas últimas semanas, pesquisadores de todo o Brasil fizeram mobilização para evitar o bloqueio, mas não conseguiram.

Leia na íntegra: Estadão